O auto-conhecimento como ponto de partida
Todos os navegadores começam por se orientar: Onde é que eu estou?
Esta questão, essencial para o auto-conhecimento, guia toda a exploração interior. E sem esta clareza, nenhum curso é possível.
Durante muito tempo, vivi com questões que me pareciam paradoxais. Eu sou introvertido, gosto de estruturas claras, eu sou racional e orientado para tarefas. E, no entanto, também tenho uma veia criativa, gosto de resolver problemas e, mesmo que não me aproxime espontaneamente das pessoas, aprecio o facto de boa companhia.
E no entanto... embarquei numa carreira de vendas. Perguntei-me muitas vezes: «Será que tenho mesmo o que é preciso? Não deveria ser mais corajosa, mais extrovertida, mais expansiva?»
Dez anos de compensação
Em quase dez anos de experiência em vendas (nomeadamente com a Orange e a TPS/Canal+), consegui avançar com sucesso, mas à minha maneira.
Compensei a minha falta de extroversão com muita cálculo e estratégia. Em cada ação de venda, eu planeava pormenores, antecipava cenários, preparava argumentos. De certa forma, estava a tirar o máximo partido da minha introversão e racionalidade para sentir-me em segurança.
Isso funcionava... mas tinha um preço. Faltava-me espontaneidadeem certas situações e réplica imediata quando algo inesperado acontecia. Era como se eu estivesse sempre"na defensiva", mesmo que conseguisse bons resultados.
Com o tempo, percebi também que tinha uma forma muito particular de trabalhar: privilegiava asrelações duradouras, baseadas na escuta e estabilidade.
o encontro com a metodologia
Foi então que descobri o Método AEC DISC. E de repente tudo fez sentido.
A minha introversão não era uma fraqueza, era uma força diferente que permitia-me escutar, observar e criar confiança.
Aprendi a assumir as minhas limitações: Eu sabia até onde podia ir sem deixar de ser eu próprio.
E compreendi algo essencial: não podia forçar-me a desempenhar um papel demasiado extrovertido. Isso não seria autêntico e iria contra a minha motivação mais profunda: a motivação cognitiva, ou seja, aprender, compreender, resolver problemas.
Reconhecer isto foi libertador. Em vez de esconder o que eu pensava ser um defeito, comecei a usá-lo como uma força.
Ao mesmo tempo, aceitei que certas coisas nunca seriam naturais para mim, e que estava tudo bem, desde que atuasse de forma autenticidade.
Quando a teoria se torna prática
A Metodologia AEC DISC é inspirada por grandes pensadores como Jung, Spranger e Marston.
Estas abordagens fornecem um quadro simples e prático para explorar auto-conhecimento e compreender melhor os outros: percepções, motivações e estilos de comportamento.
Mas a força do DISC reside precisamente na transformação desta base teórica em algo simples e utilizável. Graças a linguagem das cores, desta forma, cada um pode compreender rapidamente o seu próprio estilo e o dos outros.
Não é preciso estudar psicologia para o aplicar... é imediato !
O próprio nome AEC é um acrónimo da palavra "Arc-en-Ciel" em francês - daí a metáfora do “arco-íris comportamental”: uma linguagem universal, intuitiva e acessível.
Criada em França, esta abordagem distingue-se por ser fácil de assimilar e a sua aplicação imediata, tanto em contexto pessoal como profissional.
Como costumo dizer a quem descobre a ferramenta: há um antes e um depois.
O momento em que lê o seu perfil é muitas vezes uma revelação. De repente, os comportamentos que pareciam paradoxais ganham sentido, e descobrimos palavras simples para explicar o que antes era invisível.
A promessa da exploração
Conhecer-se a si mesmo é sempre o primeiro passo. É o porto de onde partimos.
Em «Exploration en cores», vamos continuar esta viagem: do auto-conhecimento ao impacto que temos nos outros, e daí às dinâmica de equipa e liderança.
E você ? Já alguma vez descobriu como uma aparente fraqueza era na realidade um ponto forte?
Como é que isso alterou a sua forma de agir no dia a dia?
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- Exploração em cores 
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